A batalha judicial de Beyoncé para registrar o nome de Blue Ivy continua
Nascida em 7 de janeiro de 2012, Blue Ivy Carter é uma das crianças mais famosas do mundo graças a seus pais Beyoncé e Jay Z. Algumas semanas depois, em 26 de janeiro do mesmo ano, o casal decidiu abrir um pedido para registrar o nome da filha a fim de evitar que outros o utilizem sem autorização.
Contudo, o órgão responsável por validar as marcas registradas nos Estados Unidos rege que para conseguir a aprovação a pessoa "tenha uma intenção de boa-fé, em circunstâncias que mostram a boa-fé de tal pessoa, para usar uma marca comercial", ou seja, deve-se provar como a marca será usada comercialmente.
Acontece que Veronica Morales, proprietária de uma empresa organizadora de eventos também chamada Blue Ivy, entrou na disputa para impedir que Beyoncé retire seu direito de usar o nome. Morales alega que seu empreendimento já existia três anos antes do nascimento da criança e que seu negócio será prejudicado se a cantora registrar o nome.
Porém, precisamos ressaltar que durante esses três anos Morales não havia registrado sua marca. Ela só fez o pedido de registro em 8 de fevereiro de 2012, mais de 1 mês após o nascimento de Blue Ivy, e 12 dias após Beyoncé fazer seu pedido.
Morales conseguiu o registro primeiro, ainda em 2012, provavelmente após comprovar o funcionamento da sua empresa e a aplicação da marca. Desde então, a batalha se arrastou por mais quatro anos e, nesse tempo, os representantes da cantora tentaram até adicionar o sobrenome Carter ao registro para ver se conseguiriam a aprovação.
Entre os serviços especificados por Beyoncé para proteger o nome estão a comercialização de produtos de beleza, eletrônicos, produtos para bebês, bolsas, chaveiros, canecas, produtos de cabelo, roupas e eventos (o que resultaria em um conflito com a empresa de Morales).
Durante o processo, a cantora ainda tentou ganhar tempo para exemplificar o uso da marca. Sem sucesso, Beyoncé desistiu do pedido em fevereiro de 2016.
Só que no começo deste ano, a empresa de Beyoncé, BGK Trademarks Holding, responsável por administrar os registros da artista, entrou com um novo pedido. Morales já se manifestou e tenta provar que a cantora pretende cometer uma "fraude no serviço de marcas registradas", segundo os documentos entregues à justiça.
Morales diz que o casal não tem intenção de comercializar produtos com o nome da filha e querem registrá-lo "apenas para que ninguém o use", o que vai contra o regulamento.
Nos documentos, Morales cita a entrevista de Jay Z para a revista Vanity Fair em 2013, quando o rapper foi questionado se planejava lançar uma linha de roupas da filha.
"As pessoas querem fazer produtos com o nome da nossa filha, e você não quer ninguém tentando se beneficiar do nome do seu filho," ele contou à revista.
"Primeiro de tudo, é uma criança. E isso me incomoda quando não há limites. Eu venho das ruas, e mesmo para fazer as coisas mais cruéis que fazíamos, nós tínhamos um ditado: nada de crianças ou mulheres - havia respeito. Mas agora não há limites. Alguém pensa: essa pessoa tem um filho, eu vou fazer um carrinho de bebê com o nome daquela criança. Tipo, cadê a humanidade?", completou o rapper.